Deficiência auditiva é o nome usado para indicar
perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer
problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência
na audição.
A deficiência auditiva consiste na perda da
percepção normal dos sons. Verifica-se a existência de vários tipos de pessoas
com surdez, de acordo com os diferentes graus de perda da audição.
São inúmeras as formas de identificação de uma
criança com deficiência auditiva, cada uma delas de acordo com a idade de cada
indivíduo.
Para que aconteça uma boa inclusão escolar do
educando é necessário que haja uma cumplicidade entre professor e aluno. É
também preciso que o professor esteja em constante atualização, reconhecendo as
necessidades de desenvolver métodos de conversação com o aluno, de acordo com
seu grau de entendimento, seja ele visual ou auditivo.
Porém, apesar das muitas tentativas do professor,
na maioria das vezes o aluno com deficiência auditiva necessita de atendimento
em salas de recursos em turno inverso ao da aula. Nessas salas o educando irá
desenvolver suas habilidades com auxílio de profissionais da saúde e
professores especializados, pois em alguns casos um só professor pode "não
dar conta" das necessidades do seu aluno.
Ao receber um aluno com necessidades especiais, o
professor provavelmente se sentirá inseguro e com muitas dúvidas. O
recomendável para que essas interrogações desapareçam, que se procure
informações sobre a criança em seu ambiente familiar, com outros setores da
escola e até mesmo com a simples observação de comportamentos do aluno.
Os colegas de turma também sentirão diferença ao
conviver com essa criança, por isso é muito importante que haja uma prévia
preparação desses alunos. Fazer brincadeiras em que toda a turma fique sem
ouvir é interessante, pois assim perceberão quão delicada é a situação do novo
colega.
Para servir de auxílio à deficiência auditiva, foi
criada a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que se constitui em uma junção
de gestos para expressar certa ideia.
LIBRAS
A Língua Brasileira de Sinais foi desenvolvida a partir da língua de
sinais francesa. As línguas de sinais não são universais, cada país possui a
sua.
A LIBRAS possui estrutura gramatical própria. Os
sinais são formados por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e
de pontos de referência no
corpo ou no espaço.
Segundo a legislação vigente, Libras constitui um
sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades
de pessoas com deficiência auditiva
do Brasil, na qual há uma forma de comunicação e expressão, de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria.
O Decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que regulamentou
a Lei 10.436/02, definiu formas institucionais para o uso e a difusão da Língua
Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, visando o acesso das pessoas
surdas à educação. O decreto trata ainda da inclusão da Libras como disciplina
curricular nos cursos de formação de professores e
nos cursos de Fonoaudiologia,
da formação do professor de Libras e do instrutor de Libras, da formação do
tradutor e intérprete de Libras / Língua Portuguesa, da garantia do direito à
educação e saúde das pessoas surdas ou com deficiência auditiva e do papel do
poder público e das empresas no apoio ao uso e difusão da Libras.
A inclusão escolar do deficiente auditivo
A afeição, a emoção, o carinho e a amizade entre o
professor e a criança com surdez são componentes essenciais e fundamentais nas
atividades de conversação e diálogo, isto é, na interação.
A comunicação visual é essencial, tanto
para o aprendizado da língua portuguesa oral quanto para a aquisição da
linguagem de sinais.
Para o desenvolvimento da comunicação visual
ou auditiva da criança, é necessário que o professor desenvolva:
- O uso do olhar para a pessoa que está falando;
- O uso do apontar para o objeto somente depois de ter falado, ou
seja, a criança olha primeiro para quem lhe fala e em seguida para o
objeto;
- O uso dos turnos da conversação, ou seja, esperar a própria vez de
interagir, proporcionando um bom entendimento do que lhe é passado.
Para que haja uma boa comunicação visual na relação
professor/aluno é necessário que:
- O rosto do professor fique iluminado pela luz (isso não acontece,
por exemplo, se ele se encontrar entre a janela e a criança);
- O rosto da criança deve estar na mesma altura do rosto do professor
(uma posição completamente errada seria o professor de pé e a criança com
surdez sentada aos seus pés);
- A posição ideal do rosto deve ser aquela semelhante a do locutor
dos noticiários televisivos.
A deficiência auditiva é, portanto, um assunto sério e de interesse de
toda a sociedade, seja em ambiente escolar ou não. As pessoas com deficiência
auditiva têm o direito e devem ser inseridas normalmente na sociedade.
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